Costa responde à IL, via Parlamento: "Nenhum membro do Governo deu qualquer instrução, ordem ou orientação"
Costa volta a defender a "legalidade" da atuação das secretas na recuperação do computador de Frederico Pinheiro.
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Depois da resposta às perguntas do PSD, via comunicação social, António Costa respondeu às questões da Iniciativa Liberal, via Parlamento. As questões foram enviadas há mais de um mês, para o Palácio de São Bento, no início da polémica atuação dos serviços secretos. O primeiro-ministro reafirma que "nenhum membro do Governo deu qualquer instrução, ordem ou orientação ao Serviço de Informações de Segurança".
Às seis perguntas dos liberais, António Costa respondeu em três pontos, começando por lembrar que "a iniciativa de contactar o Serviço de Informações de Segurança partiu da própria Chefe do Gabinete do Ministro das Infraestruturas", de acordo com a versão do ministro João Galamba.
"Considero que a Chefe do Gabinete do Ministro das Infraestruturas agiu corretamente perante a quebra de segurança de documentos classificados guardados num computador portátil", reafirma.
Na nota, Costa volta a garantir que "nenhum membro do Governo deu qualquer instrução, ordem ou orientação ao Serviço de Informações de Segurança", acrescentando que "as entidades agem no estrito âmbito das suas competências e no quadro da legislação aplicável".
António Costa conclui a nota reafirmando que, na sua opinião, e depois dos depoimentos da secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa e do Diretor do Serviço de Informações de Segurança, "não houve atuação ilegal" dos serviços secretos na recuperação do computador de Frederico Pinheiro.
Na manhã desta quinta-feira, a IL enviou uma nova pergunta a António Costa, para que o primeiro-ministro esclareça quando é que António Mendonça Mendes o informou da chamada com João Galamba.