"Respondi pela mesma via em que recebi perguntas." Costa responde a PSD "pela comunicação social"
O primeiro-ministro considera que "falta de respeito era não ter respondido às perguntas" colocadas pelo PSD.
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O primeiro-ministro, António Costa, esclareceu, esta quinta-feira, que respondeu ao PSD "pela mesma via" em que recebeu as perguntas: pela comunicação social.
"Falta de respeito era não ter respondido às perguntas, respondi pela mesma via em que recebi as perguntas. Recebi as perguntas pela comunicação social, respondi pela mesma via. Dizem-me até, mas eu nem quero acreditar, que o PSD nem tinha formalizado as perguntas junto da AR", afirmou António Costa aos jornalistas, à margem da cimeira da Comunidade Política Europeia, na Moldova.
Questionado sobre a ação do SIS no caso do computador do ex-adjunto de João Galamba, o primeiro-ministro reitera que "ninguém acionou o SIS, ninguém deu instruções ao SIS, ninguém deu orientações ao SIS".
"A chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas comunicou ao SIS, como lhe competia, ter havido uma quebra de segurança com documentos classificados", refere o chefe de Governo, sublinhando que o secretário de Estado adjunto, Mendonça Mendes, não teve "nenhum papel" no contacto com as secretas.
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"Como a própria chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas confirmou, foi da sua própria iniciativa que telefonou ao SIS, não foi resultado de sugestão do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro", reforça, acrescentando: "A chefe de gabinete fez o que devia fazer quando há uma quebra de segurança sobre documentos classificados."
Costa confessa ainda estar surpreso com "a forma como em Portugal, de repente, se desvaloriza a relevância da quebra de segurança quanto a documentos classificados", dando o exemplo do ex-presidente e do Presidente dos EUA que, recentemente, "foram objeto de investigação, porque tinham documentos classificados numa casa de férias".
"O que é que a oposição diria se houvesse quebra de segurança de um documento classificado meu e não comunicasse às autoridades?", questiona o primeiro-ministro.
"Talvez seja altura de todos pararem um bocadinho para pensar, refletir um pouco, porque é fundamental preservar as instituições e ter o mínimo de sentido de Estado", considera.