O partido liberal defende que "o país já não pode esperar".
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Augusto Santos Silva já recebeu a moção de censura ao Governo, apresentada pela Iniciativa Liberal. Quer isto dizer que o Executivo vai a debate na quarta-feira, no Parlamento.
De acordo com o regimento da Assembleia da República, "o debate inicia-se no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação da moção de censura" e "a ordem do dia tem como ponto único o debate da moção de censura". Tendo em conta que os funcionários parlamentares gozam a tolerância de ponto na segunda-feira, o debate fica agendado para 4 de janeiro.
No documento, com oito páginas, os liberais passam em revista as várias polémicas ao longo dos últimos nove meses e afirmam que o Governo socialista está a dar "um espetáculo pouco edificante para as instituições e para a democracia".
"Seja por convicções erradas, por incapacidade política ou desgastes pessoais, estamos diante de um executivo irreformável que projeta a sua inércia e resignação sobre o país que lhe confiou o mandato. A história dos últimos sete anos é bem ilustrativa disso mesmo", lê-se no documento.
Os liberais falam ainda na "degradação das instituições" e concluem: "O país já não pode esperar".
Em julho, o Governo já foi colocado à prova com uma moção de censura, apresentada pelo Chega. A moção da IL é a segunda em apenas nove meses e surge depois da demissão de Pedro Nuno Santos como ministro das Infraestruturas e da Habitação.