IL obriga Governo a "prestar contas" na saúde: "Para o PS está tudo bem, mas não é o que as pessoas sentem"
Um ano depois, os liberais voltam a marcar o debate "SOS SNS". Manuel Pizarro já confirmou que vai representar o Governo.
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Marta Temido saiu, entrou Manuel Pizarro. A pasta da saúde mudou de líder governativo, desde há um ano, mas para a Iniciativa Liberal (IL) "continua tudo na mesma". De acordo com Conselho das Finanças Públicas, as listas de espera aumentaram, assim como o número de utentes sem médico de famílias.
Exatamente um ano depois do debate SOS SNS, promovido pelos liberais, na Assembleia da República, o partido volta a chamar o Governo a prestar contas sobre a crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Manuel Pizarro já confirmou que vai representar o Governo no Parlamento.
A deputada e coordenadora dos liberais na comissão de Saúde, Joana Cordeiro, em declarações à TSF, lamenta o "caos" nos serviços de saúde, apesar de existir, desde dezembro, uma direção executiva do SNS.
"Há um ano, tínhamos pouco mais de um milhão e quatrocentas mil pessoas sem médico de família. Neste momento temos quase um milhão e oitocentas. Portanto, houve um aumento de 400 mil pessoas. Relativamente às pessoas em lista de espera para cirurgias programadas, também aumentaram", descreve.
De entre todos os dados, a IL lamenta o número de pessoas à espera de consulta hospital por doença oncológica. Além disso, 70 por cento dos doentes estão à espera de consulta já fora do tempo máximo previsto na lei, de acordo com a Entidade Reguladora da Saúde.
Para os liberais, a solução passa por integrar "todo o sistema de saúde", com recursos aos privados, até porque os utentes "não querem saber quem é o dono do hospital ou onde o médico trabalha".
"No caso dos médicos de família, sabemos que há médicos fora do SNS. Portanto, o que nós queremos é aproveitar todos os recursos e todos os recursos de uma forma articulada, que permita uma liberdade de escolha", defende.
A deputada lembra que o partido já apresentou várias iniciativas, desde o início da legislatura, mas esbarraram na "intransigência da maioria absoluta" socialista: "Para o PS está tudo bem, mas não é isso que as pessoas sentem no dia-a-dia".