Imposto aos lucros extraordinários? PS "não elimina nenhuma solução", mas pede "concertação" em Bruxelas
De Carlos César a Alexandra Leitão, são cada vez mais as vozes socialistas que pedem um imposto aos lucros abusivos.
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Eurico Brilhante Dias garante que o PS não coloca "nada de parte" sobre o imposto aos lucros extraordinários das grandes empresas, mas apela a uma posição concertada na União Europeia, "para que ninguém saia prejudicado".
De Carlos César a Alexandra Leitão, ou até o eurodeputado Pedro Marques, são cada vez mais as vozes socialistas que pedem ao Governo que aplique um imposto aos lucros abusivos. Depois de uma visita a uma empresa de Leiria, onde decorrem as jornadas parlamentares do PS, o líder parlamentar socialista não se compromete com nenhuma posição.
"Nós não eliminamos nenhuma solução, não estou sequer a dizer que qualquer solução fiscal não deve ser aplicada. O que estou a dizer é que temos feito, no caso da energia, já há medidas para eliminar lucros abusivos", considera.
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O deputado socialista dá o exemplo da passagem do gás para o mercado regulado ou a desvinculação do preço do gás com o da eletricidade, o que permitiu uma redução de "15 a 17 por cento do preço": "Esmagou os lucros que não seriam razoáveis".
Antes de uma decisão do Governo, Eurico Brilhante Dias apela a uma "posição concertada" na União Europeia, para não criar dissidências nos Estados-membros.
"Devemos permanecer vigilantes procurando sempre que a solução seja o mais concertada possível no quadro da União Europeia para não criar para Portugal uma desvantagem que outros não querem tomar", acrescentou.
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Eurico Brilhante Dias admite que "não há justiça social, sem justiça fiscal", mas as medidas devem ser "equilibradas", para "não penalizar apenas os portugueses".
"Não devemos eliminar nada à partida", na dimensão fiscal e na intervenção direta nos mercados, como já fez o Governo, e tanto António Costa como Fernando Medina vão esperar para ver.
"A reflexão está em curso. Essa foi a afirmação do primeiro-ministro e do ministro das Finanças", apontou.
No entanto, para "novidades fiscais", Eurico Brilhantes Dias diz que é preciso esperar pelo próximo Orçamento do Estado, que é discutido no final de novembro e entra em vigor em 2023.
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