"Apareceu uma nova frente." Fogo na Calheta obrigou ao encerramento de escola e centro de saúde
Foram pedidos reforços para ajudar no combate ao fogo, nomeadamente um meio aéreo.
Corpo do artigo
O incêndio que lavra esta quinta-feira no concelho da Calheta, Madeira, obrigou ao encerramento de uma escola e do centro de saúde da freguesia da Fajã de Ovelha, decorrendo o fogo em várias frentes, indicou o presidente da Câmara.
"Neste momento apareceu uma nova frente aqui na zona da Fajã de Ovelha que vai em direção à Ponta do Pargo. Já temos reforços de meios. Neste momento temos 55 operacionais, 17 viaturas mais um helicóptero que está também a fazer o seu trabalho. Já pedimos reforços às empresas que nos possam forncer camiões cisterna. Quem tiver, que envie para cá água que nós precisamos. Também já temos essa garantia, já fechamos a Escola Francisco Barreto na Raposeira e o centro de saúde", explicou Carlos Teles em declarações à RTP.
As autoridades ainda não confirmaram se há casas ardidas ou não, enquanto 25 operacionais, ajudados por 11 viaturas, combatem o incêndio.
Já o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, António Nunes, disse à agência Lusa que o fogo está "bastante disperso" pela área das freguesias dos Prazeres, Fajã de Ovelha e Ponta do Pargo, vincando que a "preocupação dos bombeiros tem sido proteger as habitações".
O mato vai ardendo, mas a grande preocupação, o grande foco dos bombeiros é proteger todas as habitações", afirmou.
Esta manhã foram retiradas mais seis pessoas de um alojamento local na Calheta por causa do fogo.
Durante a noite, a situação agravou-se: as chamas chegaram à localidade da Maloeira, uma zona com mais floresta, mas também com algumas casas. O presidente da câmara da Calheta, Carlos Teles, descreve a situação no terreno.
"O incêndio piorou ligeiramente durante a noite, porque passou para o sítio da Maloeira, que já fica na freguesia seguinte, na freguesia da Fajã da Ovelha. A situação não está muito fácil. Eu acabei de falar com o comandante, ele já pediu reforços, pensamos que o meio aéreo também vai ajudar agora durante a manhã", explica.
TSF\audio\2023\10\noticias\12\carlos_teles_1_piorou
A maioria dos 120 hóspedes do Hotel Jardim Atlântico, que tinha sido retirada por precaução, passou a noite num pavilhão gimnodesportivo, mas deve voltar esta quinta-feira ao hotel visto que o fogo está dominado nessa frente. Outros encontraram alojamento alternativo, mas Carlos Teles não esconde a preocupação.
"O problema, neste caso, como durante a noite as temperaturas não baixam muito e, juntando a tudo isto, o vento tem estado forte, portanto, a situação muito dificilmente melhora. Realmente, o meio aéreo ajuda-nos bastante e vamos ver o que que vai acontecer durante o dia", acrescenta.
Notícia atualizada às 15h19