Empresa de Tondela diz que gastos duplicaram num ano. À eletricidade há que somar a subida de outras matérias-primas, como os combustíveis, o cartão e o plástico.
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De 2021 para este ano, a fatura de eletricidade subiu em flecha na Gialmar, uma empresa localizada em Tondela, que vende peixe congelado. Segundo o assessor da administração da fábrica, Luís Duque, os gastos com a luz duplicaram.
"Até maio tínhamos pago tanto de energia como pagámos em todo o ano de 2021. Neste momento estamos a gastar cerca de 23 mil euros mês de energia, quando em 2021 gastávamos 14 mil", refere, acrescentando que este ano 3,5% da faturação foi gasta com a eletricidade.
Com as contas a subir e para se proteger, a empresa estabeleceu, com um operador, em maio deste ano, um contrato para ter uma tarifa fixa até 2026.
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Para poupar ainda mais, a unidade fabril instalou painéis solares, que permitem economizar 25% do consumo de luz. Com ajuda de duas candidaturas substituiu a iluminação da fábrica por LED e nos equipamentos de frio, que são o grande consumidor de luz, está a concluir "um processo de reestruturação de maneira a ter melhores ganhos" energéticos.
Luís Duque diz que além da eletricidade, também outros gastos cresceram, como o combustível, o cartão e "os próprios plásticos que aumentaram de uma forma absurda".
"Tudo isso reflete-se na nossa atividade. Há custos que tentamos refletir ao cliente, há outros que não conseguimos e que nos obrigam a reduzir a nossa margem de comercialização", explica.
Até ao final do ano, a Gialmar conta abrir uma nova unidade fabril no concelho de Tondela, na zona industrial do Lagedo. A subida dos custos com a luz não vai travar o investimento de sete milhões de euros, garante a empresa.
"Não é o aumento da energia que nos vai fazer desistir de começar a nova unidade. Vamos ter que racionalizar alguns processos, de maneira a tirar a máxima rentabilidade do funcionamento dos equipamentos", explica Luís Duque, salientando que os métodos e tempos de trabalho também serão repensados.
A nova fábrica vai empregar 20 pessoas numa primeira fase.