INEM recusa pronunciar-se sobre acusação de pilotos, mas diz que helicópteros cumprem "serviços mínimos"
A resposta surge depois de o sindicato acusar a empresa que detém o contrato de operação dos helicópteros do INEM de não assegurar totalmente os serviços mínimos decretados.
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O INEM não se quis pronunciar sobre a acusação dos pilotos de que, durante uma hora e meia, o helicóptero baseado em Macedo de Cavaleiros não esteve operacional, mas garantiu à TSF que os helicópteros de emergência médica com base em Macedo de Cavaleiros e Évora estão neste momento a funcionar "cumprindo os serviços mínimos decretados" e assegurando a "resposta necessária" aos pedidos de helitransporte de emergência em todo o território de Portugal continental.
"As equipas médicas do INEM afetas aos helicópteros de Viseu e Loulé mantêm-se ao serviço, operacionalizando uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)", pode ler-se na nota.
A resposta surge depois de o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusar este domingo a empresa que detém o contrato de operação dos helicópteros de emergência médica do INEM de não assegurar totalmente os serviços mínimos decretados para a greve dos pilotos.
Segundo os pilotos, a falta de condições de descanso põe em causa a sua segurança e a dos doentes transportados, referindo ao Expresso haver dias em que trabalham mais de 16 horas, sem serem pagos por isso.
De acordo com informação do sindicato, as reclamações dos pilotos à empresa empregadora decorrem há pelo menos um ano, sem que se tenha conseguido resolver o impasse, com a empresa a manter-se "de costas voltadas" para os trabalhadores, "em alguns casos ignorando pareceres da ANAC (Autoridade Nacional de Aviação Civil), contra estas práticas da empresa e no seguimento de denúncias apresentadas pelo SPAC à ANAC e à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
As queixas do SPAC alegam "abusos da Avincis" na elaboração de escalas e contagem das horas de serviço prestadas pelos pilotos, excedendo as horas anuais de voo legalmente permitidas, tendo o sindicato alertado para o risco de o INEM "ficar sem poder operar os seus helicópteros a partir de meados de novembro" por terem sido excedidos os limites anuais de horas voadas pelos pilotos.