Infarmed diz que não há evidência de falta de acesso aos medicamentos para hepatite C
A Autoridade do Medicamento considera que «não existe qualquer evidência» de que o acesso aos novos medicamentos para a hepatite C esteja limitado aos cidadãos que deles precisem, numa reação às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos.
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O Infarmed esclarece que os medicamentos em causa estão sujeitos a um processo de avaliação prévia, ou seja, a utilização dos fármacos nos hospitais depende do aval da Autoridade Nacional do Medicamento.
O Infarmed sublinha que, desde 2011, recebeu pedidos de 18 hospitais de norte a sul do país e autorizou o tratamento com estes medicamentos a 137 doentes. Conclui por isso, ao contrário do que denuncia o bastonário dos médicos, que não existe qualquer evidência de limitação de acesso a estes medicamentos, que são o Boceprovir e o Telepravir.
Na nota enviada às redações, o Infarmed sublinha que o acesso aos medicamentos é garantido através de uma Autorização de Utilização Especial (AUE), solicitada pelos hospitais em situações em que não existem alternativas terapêuticas e o doente corra risco de vida ou risco de sofrer complicações graves.