Inspetor-geral da ASAE rejeita "instrumentalização" e anuncia reforço de recursos humanos
Em declarações à TSF, Pedro Portugal Gaspar, admite que "há um défice no parque informático" e aposta do organismo para os próximos anos será na área digital.
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O inspetor-geral da ASAE rejeita que a organismo esteja a ser instrumentalizada, como descreveu a associação sindical. À TSF, Pedro Portugal Gaspar, nega que a ASAE esteja ao serviço do Governo, num momento em que foi lançada uma operação de larga escala para perceber o impacto da especulação dos preços dos produtos alimentares.
"Instrumentalização só se for para dar resposta aos asseios da população. É um tema que está na ordem do dia e que a ASAE tem de ter uma palavra. É um desafio novo, aliás, as circunstâncias são novas para a sociedade ao termos de recuar 30 anos. É uma aprendizagem para a própria instituição face ao contexto legislativo que tem aqui alguma complexidade e também da complexidade do mercado e da cadeia de valor", refere o inspetor-geral.
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"O que interessa aqui, não vejo aqui qualquer instrumentalização, não faz sentido. Fazemos o nosso trabalho. A confirmar-se, se é de uma matéria do foro criminal, é uma matéria que é articulada com o Ministério Público, não tem qualquer intervenção do Governo", acrescenta.
Pedro Portugal Gaspar admite que a ASAE tem tido "um défice muito grande no parque informático" e, para colmatar a falta de recursos, vão ser abertas vagas para o reforço do corpo inspetivo.
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"Este sábado, vai haver provas do concurso para um reforço de mais 15 inspetores. Isso é um processo dinâmico, é óbvio que se pretende sempre mais recursos. Outro tema importante para o futuro da organização é o comércio digital e aí é mais importante uma aposta na informática e na inteligência artificial", para poder conjugar a inspeção física, no terreno e digital, à distância.
Contudo, Pedro Gaspar Portugal, garante que, "quanto à missão e ao cumprimento dos objetivos, a ASAE tem dado as respostas."