Já há máscaras com selo de aprovação do Citeve. Mas também publicidade enganosa
Nem todas as máscaras sociais à venda no mercado foram testadas e certificadas. Citeve alerta para falta de proteção de muitos produtos.
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O Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário (Citeve) tem 600 modelos de máscaras sociais à espera de aprovação para passarem a estar disponíveis no mercado.
Por outro lado, na última semana receberam luz verde mais de 40 modelos de máscaras reutilizáveis, revelou à TSF o diretor-geral do Citeve, António Braz Costa.
"Não é um processo rápido", explica. O teste para certificar uma máscara para 25 lavagens, por exemplo, demora uma semana,
O selo de aprovação criado pela instituição pretende "ajudar os consumidores na hora de adquirir máscaras", garantindo que o produto comprado é seguro.
Cada máscara social pode ter mais do que um selo: um para indicar que a máscara está certificada pelo Citeve, outro para a indicar quantas lavagens podem ser feitas.
António Braz Costa alerta, no entanto, que existe no mercado muita publicidade enganosa e máscaras onde é feito uso indevido do selo do Citeve.
"Já detetamos, e comunicamos às autoridades, alguns casos de publicidade que indica determinadas características das máscaras que eles não têm", alerta o responsável. Por exemplo, uma empresa pode dizer que tem uma máscara que resiste a 50 lavagens aprovada pelo Citev, quando na verdade só foi certificado um tratamento microbiano.
"Muitas máscaras que nos têm chegado não oferecem segurança. Não oferecem a proteção que é exigida para este tipo de produto", nota António Braz Costa.
Também há no mercado máscaras impermeáveis, que não permitem que o ar passe através delas. Ou seja, não podem sequer ser consideradas máscaras.
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