A ministra da saúde diz, na TSF, que a procura nas últimas semanas, nos centros de saúde, disparou.
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Dos dois milhões de consultas que não se realizaram durante a pandemia, a maioria são dos centros de saúde.
São mais de um milhão e 100 mil consultas, nos cuidados de saúde primários, a que se juntam mais 900 mil consultas programadas nos hospitais que não foram realizadas.
A ministra da saúde diz, numa entrevista à TSF, que é preciso recuperar a partir de segunda-feira, quando começar a ser aplicado o programa de retoma do serviço nacional de saúde.
O programa pode finalmente arrancar, depois de promulgado o Orçamento Suplementar para 2020, pelo Presidente da República, e da respetiva publicação em Diário da República.
Marta Temido diz que o número total é inferior a 4% do total de consultas anuais em centros de saúde e hospitais, mas isso não significa que não seja preocupante porque algumas destas consultas são fundamentais para evitar situações mais graves.
Nas últimas semanas, garante a ministra, a procura por consultas nos centros de saúde aumentou muito, tal como "a realização de consultas de telessaúde".
Para o futuro, uma das prioridades será o reforço das equipas de saúde pública.
A ministra alerta que há uma incapacidade de recrutar médicos especializados porque eles não existem.
O fenómeno de envelhecimento dos pouco mais de 200 médicos especialistas coloca desafios para os próximos anos e, até lá, é com os mais velhos que a saúde conta.
A ministra Marta Temido lembra que a situação da pandemia está longe de estar ganha e recusa a ideia que foi sugerida de um milagre português.
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A ministra compara a pandemia com um livro, do qual "só lemos ainda os primeiros dois ou três capítulos".
Veja a entrevista a Marta Temido na íntegra:
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