O secretário-geral comunista considerou que com o que se passou esta semana com o pedido de ajuda externa se provou que são a banca e os grupos económicos que mandam em Portugal.
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O secretário-geral do PCP acusou o primeiro-ministro José Sócrates de «não ter um compromisso sério» e uma «política de verdade» no que toca à ajuda externa pedida por Portugal.
Em Setúbal, Jerónimo de Sousa voltou a insistir que a «banca e os principais grupos económicos impuseram a ajuda externa de forma vergonhosa ao Governo do PS e aos partidos da politica de Direita».
«Se alguém tinha dúvidas acerca de quem conduz e define as orientações para o país, esta semana, e com tal decisão, não deixou qualquer dúvida», frisou.
Jerónimo acusou ainda Sócrates e Passos Coelho de «não só se ajoelharem de imediato perante as exigências aos senhores do dinheiro, como quererem que o país se ajoelhe face aos interesse do grande capital financeiro».
«Tem sido o Estado com as garantias bancárias e avales que lhe dá cobertura para os seus empréstimos, que depois lhe permitem não só o auto-financiarem-se, como fazer o grande negócio da compra do BCE de dinheiro a um por cento para depois o venderem a taxas agiotas de seis, sete e até oito por cento», concluiu.