Jerónimo de Sousa afasta polémicas: "Esta é uma festa da paz, não uma festa da guerra"
Questionado sobre se este é o último Avante como secretário-geral, Jerónimo de Sousa não concretiza: "Um dia será."
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Apesar das críticas que se fazem ouvir à Festa do Avante pela posição ambígua do PCP em relação à guerra na Ucrânia, Jerónimo de Sousa afasta as polémicas, e sublinha que a rentrée comunista "é uma festa da paz e não da guerra".
Os artistas que aceitaram o convite para participarem no evento comunista foram criticados pela oposição, acusados de apoiarem a posição do PCP em relação à guerra e ao regime russo. Em declarações aos jornalistas, após visitar o centro de exposições da Festa do Avante, o secretário-geral comunista fala num "convívio ímpar, mesmo à escala europeia".
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"Esta é uma festa da paz, não é uma festa da guerra. É uma festa de convívio humano, de solidariedade e de tranquilidade. É uma obra ímpar, mesmo à escala europeia. E, portanto, não faz sentido vir com questões laterais, e não falando da festa e do que é a festa, mesmo que com sentido crítico", aponta Jerónimo de Sousa.
Uma resposta "enxuta", como designou o próprio, mas a voz do secretário-geral comunista ainda tremeu quando foi questionado sobre se é a sua última Festa do Avante como líder do PCP.
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"Como militante comunista, de certeza que cá estarei. Como líder, bom, têm-me feito essa pergunta de mil e uma formas. Garanto-lhe que um dia será", diz, sem concretizar a resposta.
Jerónimo de Sousa apela ainda aos participantes na Festa do Avante que "venham com os olhos limpos de preconceitos" numa festa que "é real", apesar das críticas ao evento. Nos últimos dois anos, os comunistas foram criticados por causa da pandemia e, agora, pela questão da guerra.
"A forma de estar na vida honra-nos muito. Esperamos que o nosso povo procure alegria e capacidade para encontrar soluções para os problemas do país", atira.
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