Jerónimo pressiona Governo contra "formas de apoio a prazo" que "não são solução"
Jerónimo de Sousa diz que uma taxa aos lucros extraordinários "não acaba com a injustiça", mas ajudaria a suavizar a crise.
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O Governo prepara-se para apresentar um plano de emergência social para responder ao aumento da inflação, mas Jerónimo de Sousa lembra que os portugueses precisam de apoios concretos e não de "soluções a prazo". O secretário-geral do PCP responde ainda a António Costa, que se prepara para deixar cair uma taxa adicional aos lucros das grandes empresas, defendendo a proposta comunista.
No pontapé de saída da Festa do Avante, que se realiza entre sexta-feira e domingo, com um comício de encerramento na véspera do Conselho de Ministros extraordinário para apresentação do programa de apoio às famílias, Jerónimo de Sousa começou logo por pressionar o Governo.
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"Todos estamos de acordo com medidas de apoio para os que encontram mais dificuldades na sua vida, mas todos também estaremos de acordo que não é solução formas de apoio a prazo. Como três meses. A questão central e incontornável é o aumento dos salários, aumento das pensões e reformas e investimento nos serviços públicos, principalmente, no Serviço Nacional de Saúde", atira.
O líder comunista, depois da demissão de Marta Temida, criticou o Governo e "o grande capital" já que "o grande objetivo nunca foi melhorar a saúde dos portugueses, mas sim transformar a saúde num negócio".
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"Já dizia um ministro do PSD: quem quer saúde, paga-a. Esse é o objetivo que todos nós devíamos combater", acrescenta.
Jerónimo de Sousa defendeu ainda a posição dos comunistas, que apelam ao Governo que adote uma taxa para que os lucros extraordinários das grandes empresas sejam distribuídos pelos portugueses, garantindo que suaviza "as injustiças".
"Não acaba com a injustiça, mas poderia a que os sacrifícios que o povo português vai continuar a correr, sejam ultrapassados", responde.
Esta sexta-feira, o jornal Público noticia que o Governo não vai aplicar um novo imposto sobre os lucros extraordinários das empresas, apesar da pressão da esquerda e até do presidente socialista, Carlos César.
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