João Soares defende que Aeroporto Humberto Delgado "está longe de estar esgotado"
No programa Não Alinhados, da TSF, João Soares manifestou concordância com a posição assumida no mais recente relatório da Comissão Técnica Independente, afirmando que "tudo o que são infraestruturas técnicas de manutenção de aviões e reparação de aviões e de carga deve ir para Beja".
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O antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa João Soares considerou esta segunda-feira que o Aeroporto Humberto Delgado "está longe de estar esgotado" e, por isso, defende que não deve ser desmantelado.
"O Aeroporto Humberto Delgado em Lisboa está longe de estar esgotado, ao contrário do que nos dizem há 50 anos e como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) provou, quando numa semana vieram mais de um milhão de pessoas que entraram por Humberto Delgado e voltaram a sair por Humberto Delgado, no período de uma semana, e não houve nenhum esgotamento", afirmou João Soares, no seu espaço no programa Não Alinhados, da TSF.
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João Soares discorda, assim, da premissa partilhada pelo presidente da TAP, Luís Rodrigues, que afirmou esta segunda-feira que "não é aceitável um aeroporto dentro da cidade numa economia de futuro sustentável", defendendo que é preciso tomar uma decisão, "seja ela qual for".
O ex-autarca sublinha ainda que "o aumento de chegadas e partidas ao aeroporto Humberto Delgado tem estado a um altíssimo nível".
João Soares manifestou, por outro lado, concordância com a posição assumida no mais recente relatório da Comissão Técnica Independente (CTI), criada para a escolha da localização do novo aeroporto. Nesse documento defende-se a realização de obras no aeroporto de Lisboa e o desvio do tráfego de mercadorias para Beja. João Soares assina por baixo.
"Eu sempre defendi, desde há mais de 30 anos, que tudo o que são infraestruturas técnicas de manutenção de aviões e reparação de aviões e de carga deve ir para Beja. Isso é que tem lugar em Beja e, para isso, haverá procura em Beja. Em Beja não há procura de passageiros, nunca existiram, para o aeródromo que se lá fez a serviço daquela belíssima pista que foi feita pelos alemães nos anos 60", considera.
Outra medida destacada pela CTI é a redefinição das regras de atribuição de slots aeroportuários (faixas horárias para descolar e aterrar).
Para a Comissão poderiam ser ainda tomadas medidas de redirecionamento de voos não comerciais para outras infraestruturas, destacando o "business aviation para LPCS (Aeródromo Municipal de Cascais)", o "tráfego militar e VIPs de Estado para uma base militar" sem impacto na operação do aeroporto Humberto Delgado, e o tráfego 'charter' não regular para o terminal civil de Beja.
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