"Não podemos aceitar que, numa economia de futuro sustentável, haja um aeroporto dentro da cidade"

Foram propostas medidas para melhorar as condições operacionais do aeroporto de Lisboa no curto prazo, que incluem um novo terminal
André Luís Alves/Global Imagens (arquivo)
Para o líder da TAP, um novo aeroporto é um projeto transformador de um país como Portugal e é preciso uma decisão, "seja ela qual for", para que não se percam os turistas que o país recebe.
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O presidente da TAP, Luís Rodrigues, defendeu esta segunda-feira que não é aceitável um aeroporto dentro da cidade numa economia de futuro sustentável e que é preciso tomar uma decisão, "seja ela qual for".
"Não podemos aceitar que, numa economia de futuro sustentável, haja um aeroporto dentro da cidade", afirmou o chairman e presidente executivo da TAP, durante a sua intervenção no almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.
Para o responsável da companhia aérea, um novo aeroporto é um projeto transformador de um país como Portugal e é preciso uma decisão, "seja ela qual for", para que não se percam os turistas que o país recebe.
Em 27 de abril, a comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela + Alcochete, Portela + Pegões, Rio Frio + Poceirão e Pegões.
Uma resolução do Conselho de Ministros, aprovada no ano passado, definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.
No estudo de curto prazo que efetuou para o aeroporto Humberto Delgado, esta segunda-feira disponibilizado, a comissão técnica propõe medidas para melhorar as condições operacionais do aeroporto de Lisboa no curto prazo, nas quais inclui um novo terminal, "face à necessidade de criar alternativas expeditas no curto prazo com impacto mínimo na operação".
Outra medida destacada pela CTI é a redefinição das regras de atribuição de slots aeroportuários (faixas horárias para descolar e aterrar).
Para a Comissão poderiam ser ainda tomadas medidas de redirecionamento de voos não comerciais para outras infraestruturas, destacando o "business aviation para LPCS (Aeródromo Municipal de Cascais)", o "tráfego militar e VIPs de Estado para uma base militar" sem impacto na operação do aeroporto Humberto Delgado, e o tráfego 'charter' não regular para o terminal civil de Beja.