Presidente do IPO estava há mais de dois anos em gestão corrente depois de atingir o limite de mandatos.
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O Ministério da Saúde prefere não avançar datas mas garante que está para muito breve a substituição do presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, um dos detidos e arguido na Operação Teia.
O responsável do IPO do Porto foi libertado no sábado, com uma caução de 20 mil euros e com o pedido do Ministério Público para que seja suspenso de funções, além da proibição de contactos com outros arguidos e funcionários do IPO.
O mandato de Laranja Pontes no IPO já tinha terminado no início de 2017, há quase dois anos e meio, atingido o limite de renovação de mandatos, mas continuava em gestão sem ser substituído.
Sem adiantar razões para tanta demora, fonte oficial do Ministério da Saúde garante, contudo, que o processo de substituição já estava em curso, tendo já sido entregue na Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP, que avalia os currículos dos indicados).
A substituição, adianta fonte do gabinete da ministra Marta Temido, não foi acelerada devido ao caso judicial noticiado desde o final da semana passada.
A Operação Teia investiga casos de alegada viciação de contratos públicos a envolver as autarquias de Santo Tirso e Barcelos, mas também o IPO do Porto, com suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio.