Leal da Costa defende Estado de Emergência para dar margem a decisões do governo
Crítico do quadro legislativo "pesado", o antigo ministro da Saúde Fernando Leal da Costa defende que deve ser decretado o Estado de Emergência para que o governo possa ter uma maior capacidade legislativa. Depois de duras críticas na semana passada a Marta Temido, Leal da Costa sublinha que "estamos bem entregues".
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Um novo Estado de Emergência deve ser decretado para conferir ao governo mais poder legislativo. É isso que defende Fernando Leal da Costa, antigo governante do PSD com a pasta da saúde, criticando o atual quadro legislativo de saúde pública no país.
À saída de uma breve audiência com o Presidente da República, Leal da Costa defende que "os legisladores, ao longo deste tempo, não foram ainda hoje capazes de encontrar a fórmula que permita flexibilidade e celeridade suficiente para resolver emergências de saúde pública como aquela que vivemos".
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"Provavelmente, será melhor em momento adequado voltar a ser decretado um Estado de Emergência que, de alguma forma, confira ao governo a capacidade legislativa para tomar as medidas que eventualmente tiver de tomar quando as tiver de tomar", nota o antigo governante para quem a pandemia veio "demonstrar a inadequação do quadro legislativo português no que à saúde pública diz respeito.
Ainda na semana passada, Leal da Costa foi um dos protagonistas das jornadas parlamentares do PSD e foi particularmente duro com a atuação do governo, considerando mesmo como "uma desgraça total" a comunicação do governo. Mas não só: também uma falta de liderança do Ministério da Saúde.
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Agora, questionado pela TSF se este era um bom momento para uma reformulação no topo da hierarquia da saúde, Leal da Costa nota que "de todo que não" e que não é a ele que compete dar opinião sobre o tema, realçando sim as falhas da comunicação porque, de resto, "estamos bem entregues".
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"Num momento próprio e adequado constatei um facto que é objetivo mas que obviamente ainda pode ser melhorado e que é o de a comunicação com os portugueses, nesta fase difícil da pandemia, dever ser melhor do que aquela que tem sido até hoje, nada mais do que isso. De resto, estamos bem entregues", disse à saída da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa escusando-se a grandes comentários sobre o assunto.
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