Concessionários de praia esperam que este ano seja menos difícil encontrar vigilantes para as praias.
Corpo do artigo
A época balnear começa em muitas praias já a 15 de maio, como é o caso de Albufeira ou Cascais, e noutras só a 1 de junho. No entanto, apesar de já serem conhecidas as datas, a carência de nadadores-salvadores é uma constante todos os verões. Ainda é prematuro saber ao certo como será a próxima época balnear, mas os concessionários dos apoios de praia acreditam que será mais fácil arranjar vigilantes para as suas praias do que no ano passado.
No último verão, depois de dois anos de pandemia, e ter existido a formação de novos assistentes, "havia praticamente leilões de honorários a ver quem é que oferecia mais no país inteiro", conta a presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia.
TSF\audio\2023\04\noticias\14\maria_a_casaca_nadadores_salvadores_2023
Paula Vilafanha revela que "os valores oferecidos variavam entre os 45 euros e os 70-80 euros por dia". Por vezes, algumas câmaras municipais ou concessionários também cedem também alojamento aos nadadores salvadores. Habitualmente são jovens estudantes que fazem este trabalho e o presidente da Associação dos Concessionários de Praia do Algarve (AISCOMA) considera que nos últimos anos essa situação tornou-se um problema.
"Os estudantes têm cada vez mais dificuldade, porque a época balnear começa mais cedo, eles estão na escola e já não é possível", afirma Artur Simão. A contratação de cidadãos brasileiros que se disponibilizam para fazer o serviço tem sido a alternativa encontrada na região.
Os cursos de nadadores-salvadores são licenciados pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e a atividade está regulamentada como profissão.
No entanto, como todas as atividades que são sazonais, debate-se com a falta de mão de obra. Desta forma, os concessionários pretendem que a profissão não esteja à mercê da disponibilidade dos jovens no verão.
"A comissão técnica de salvamento aquático reúne várias entidades, e estamos todos a trabalhar em conjunto com o ISN para tentar arranjar uma solução que venha uniformizar mais este setor e profissionalizá-lo", defende Paula Vilafanha.
A ideia deste grupo de trabalho é fazer propostas sobre o setor que fiquem à consideração do Ministério da Defesa.