Liga dos Bombeiros em diálogo para que "corporações que trabalhem com INEM" tenham faturas nulas
O líder da Liga dos Bombeiros avança, na TSF, "que qualquer revisão da tabela produz efeitos a 1 de janeiro de 2024".
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O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirmou esta quarta-feira que quer que as corporações que trabalhem com o INEM tenham uma fatura de despesas mais baixa ou mesmo nula.
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O líder da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, defende um reajustamento das verbas atribuídas às corporações de bombeiros, mas sublinha que para já não é possível "garantir que esse custo, em 2024, será reduzido a zero".
"O que nós estamos a dialogar com o INEM, e não aceitaremos qualquer fecho de negociação que não vá no sentido de não agravar a situação atual, isto é, não pode haver nenhum aumento inferior à taxa de inflação, e tem de haver algumas dessas rubricas que têm de ter um aumento superior à taxa de inflação exatamente para, ao longo de dois/três anos, conseguirmos chegar ao tal patamar em que o centro de custos dentro de uma associação humanitária de transporte de doentes urgentes e emergentes por via da emergência pré-hospitalar tende a ser zero ou próxima de zero", explica, em declarações à TSF.
As declarações de António Nunes surgem após uma declaração da Associação dos Bombeiros Voluntários de Mirandela, que revelou ter um prejuízo mensal de cinco mil euros com as viaturas do INEM, instaladas no quartel da corporação.
A revelação foi feita pelo presidente da direção daquela associação, que considera "desastroso" o protocolo assinado, em outubro de 2021, entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e o INEM sobre os valores atribuídos às corporações para subsidiar a atividade pré-hospitalar no âmbito do sistema integrado de emergência médica.
Esta terça-feira, a instituição dos bombeiros esteve reunida com o INEM para renegociarem o protocolo para o ano novo. António Nunes garante assim que foi assumido o compromisso de os valores serem atualizados já a partir de 1 de janeiro, ainda que o protocolo venha a ser fechado mais tarde.
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"Temos a palavra do senhor presidente do INEM de que qualquer revisão da tabela produz efeitos a 1 de janeiro de 2024. Pode ocorrer, por a situação ser de final de ano, que se possa arrastar a negociação por mais algum tempo, mas temos a certeza absoluta que, a qualquer momento do mês de janeiro, que seja publicado o despacho, que ele tem efeitos a 1 de janeiro e nós não abdicaremos disso", assegura.
O protocolo em causa foi assinado pelo ex-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares.
O atual líder, António Nunes, já tinha defendido publicamente a necessidade de haver um reajustamento das verbas atribuídas às corporações de bombeiros no âmbito do sistema integrado de emergência médica.