Lisboa-Porto de Mós. Camionistas mudam de planos, mas prometem pressionar Governo
São esperados 300 camionistas no distrito de Leiria, para um novo plenário de trabalhadores.
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Os motoristas de transporte pesado de mercadorias prometem continuar com os protestos, enquanto o Governo não for ao encontro das reivindicações pela crise dos combustíveis, e vão reunir-se em Porto de Mós para um novo plenário de trabalhadores. Inicialmente, os camionistas tinham uma marcha lenta marcada para Lisboa, mas três horas depois, ainda no ponto de encontro, no Carregado, o local de destino mudou.
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"Os trabalhadores estiveram reuniões em plenário, à espera dos apoios do Governo, e resolveram rumar, em marcha lenta, até Porto de Mós. Os trabalhadores vão encontrar-se com outros motoristas da zona Norte", explicou Paulo Paiva, porta-voz da plataforma "Sobrevivência do Setor".
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O dirigente adianta que são esperados 300 camionistas no distrito de Leiria, para um novo plenário de trabalhadores marcado para a manhã de sexta-feira, de onde devem sair novas ameaças de protestos.
Em declarações à TSF, Paulo Paiva admite que os novos apoios do Governo, anunciados esta quinta-feira, não satisfazem as pretensões dos trabalhadores.
"Há duas medidas que foram sempre imperativas para a plataforma: pagamento do IVA após a cobrança, e passagem das portagens da classe quatro para a classe dois. Essas medidas não foram anunciadas pelo Governo", acrescenta.
O Ministério das Infraestruturas e da Habitação anunciou que os transportes de mercadorias até 3,5 toneladas e entre 3,5 e 35 toneladas vão receber um apoio de 342 euros e 810 euros, respetivamente, para combustível, valor que é de 1.260 euros a partir das 35 toneladas.
Paulo Paiva desvaloriza as medidas do Governo, já que "o pagamento é único" e os 30 cêntimos baixam para 20 cêntimos "a partir das 35 toneladas".
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