Livre diz que demissão de Alexandra Reis era uma de "duas formas" de sanar o problema
O deputado único do partido, Rui Tavares, pede, em declarações à TSF, mais exigência e "escolhas políticas claras" nas novas caras para o Governo.
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O fundador e deputado único do Livre, Rui Tavares, considera que a saída de Alexandra Reis do Governo era uma das duas formas possíveis para resolver o problema e espera que o Governo seja "bastante mais exigente" e faça "escolhas políticas claras" a partir de agora.
"Esta contradição - que poderia não ser uma contradição legal, mas era do ponto de vista moral e político - tinha de ser sanada e só havia duas formas que eram, ou devolvendo o dinheiro, ou a secretária de Estado saindo do elenco governativo, porque uma secretária de Estado do Tesouro é alguém que inevitavelmente vai pedir às pessoas esforços, sacrifícios e patriotismo, aos quais ela não está de maneira nenhuma obrigada, enquanto profissional, quando saiu com uma indemnização de 500 mil euros após dois anos de trabalho e com dois anos por cumprir", diz o deputado à TSF, referindo que esses "são valores inimagináveis para a maior parte das pessoas".
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Com esta saída, Rui Tavares espera que o Governo aprenda a lição e tenha, a partir de agora, um critério mais exigente nas próximas escolhas para o Executivo.
"Nós continuamos à espera de esclarecimentos e de escolhas políticas claras que façam com que isto não aconteça de novo e uma atitude do Governo em relação a estas coisas. Que seja bastante mais exigente do que foi aqui", pede o deputado do Livre.
Relativamente à TAP, Rui Tavares também exige que o Governo "ganhe consciência de que estas gritantes desigualdades salariais devem ser corrigidas", já que acredita que "não pode haver um mundo de regras tão distantes do cidadão comum numa empresa para a qual todos contribuem".
O deputado crê que "não é fácil" que a empresa possa "dar a volta por cima, vir a ser rentável e trazer valor para Portugal" tendo "despesas deste género".
Na noite desta terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu a demissão de Alexandra Reis da Secretaria de Estado do Tesouro, que foi prontamente aceite, com o objetivo de "preservar a autoridade política do Ministério das Finanças num momento particularmente sensível na vida de milhões de portugueses".