O líder do Bloco de Esquerda defende um imposto sobre as mais-valias urbanísticas, considerando que esta medida traz duas vantagens.
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O líder do Bloco de Esquerda falava à margem da conferência "A Europa e a Politíca Fiscal", da TSF, DN e Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC).
No entender de Francisco Louçã, a imposição fiscal sobre estas mais-valias urbanísticas permite «acabar com a corrupção».
Por outro lado, sublinhou, «o proprietário do terreno rural vendeu ao preço valorizado e o promotor imobiliário vai comprá-lo ao preço da propriedade urbanizável».
«A diferença de preço entre uma e outra não é entregue a não ser ao Estado», acrescentou.
Francisco Louçã reagiu ainda ao anúncio do comissário europeu da Economia, de que a taxa de juro do empréstimo a Portugal deverá ser de cerca de 5,5 por cento.
«Se a União Europeia tivesse uma emissão conjunta de títulos de divida pública estava a suportar as dívidas dos países mais ameaçados a pouco mais de dois por cento e haveria o apoio de uma política europeia de que Portugal não deve desistir», argumentou.
«Não é possível pagar esta taxa de juro. Quem quer que pretenda iludir o país dizendo que isto é normal está a enganar os portugueses», afirmou.