O l íder do BE recusou hoje a vitimização do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, sublinhando que «se há alguém que está a fazer pressão sobre a comunicação social é hoje o ministro Miguel Relvas».
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«Todos os que conhecem bem e que apreciam a qualidade do ministro Miguel Relvas sabem que ele não é uma vítima neste processo, que se há alguém que está a fazer pressão sobre a comunicação social é hoje o ministro Miguel Relvas e disso não há nenhuma dúvida», afirmou Francisco Louçã, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento.
À semelhança de todas as restantes bancadas parlamentares e mesmo depois do primeiro-ministro ter reiterado a sua confiança em Miguel Relvas, Francisco Louçã não deixou de abordar esquecer o caso que envolve o ministro e o jornal Público, assinalando a «forma distante» com que Passos Coelho defendeu a posição do seu ministro.
Insistindo na ideia de que se está perante uma situação «nebulosa», o líder do BE disse que tudo está relacionado com «a comunicação social e a luta pela comunicação social em Portugal».
«Até agora nada nos disse de consistente e claro sobre a enorme ameaça que representa para qualquer pessoa deste país o facto de termos a certeza que houve por interesse empresariais na luta pela comunicação social relatórios sobre o diretor do maior jornal português e sobre o dono do maior grupo de comunicação social em Portugal», afirmou Francisco Louçã dirigindo-se ao primeiro-ministro.
Na resposta, Passos Coelho assegurou que qualquer membro do Governo que não tenha a sua confiança sairá do executivo, notando o facto "curioso" que o ministro que tem a responsabilidade, em conjunto com o Tesouro, de conduzir o processo de privatização de um dos canais da RTP, seja precisamente a ser acusado de querer controlar a comunicação social.
«Não deixa de ser curioso que o ministro que tem a responsabilidade por função e competência de conduzir juntamente com o Tesouro o processo de alienação de um dos ativos públicos que será a primeira peça da última retirada do Estado da comunicação social seja precisamente acusado de a querer controlar», declarou, concluindo que a ideia «parece um absurdo».