Ao contrário dos restantes partidos, o PSD esperou até esta tarde para comentar a permanência de João Galamba à frente do Ministério das Infraestruturas.
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O presidente do PSD acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro de tentar "provocar eleições antecipadas sem ter coragem de o dizer" e assegurou que o partido não as pedirá, mas também não as vai recusar.
"Não será por minha causa e do PSD que haverá eleições antecipadas. Não as pedimos, mas também não as recusaremos", afirmou Luís Montenegro, em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, no final da reunião da Comissão Permanente do partido. "Estamos preparados para tudo o que for necessário."
"Neste momento, apresentar uma moção de censura seria fazer um frete ao PS, quem é o fator de instabilidade é o PS, não é o maior partido da oposição", defendeu.
"Estamos serenos e sem pressas", acrescentou, confiante de que "o infrator será castigado nas urnas qualquer que seja o dia em que se realizarem as eleições".
A decisão de dissolver a Assembleia da República cabe a Marcelo Rebelo de Sousa, defende Luís Montenegro, e os sociais-democratas respeitarão essa decisão.
"Não é o maior partido da oposição que se vai intrometer na sua reflexão ou decisão, o que queremos dizer ao país e também ao Presidente da República é que, se e quando houver eleições antecipadas, o PSD está totalmente preparado para as disputar, para as vencer e sair delas com um Governo reformista", afirmou.
"Este perfil de primeiro-ministro não interessa a Portugal. Comigo e com o PSD Portugal terá um governo diferente", afirma Luís Montenegro. Portugal precisa de uma "liderança arrojada, moderna, com autoridade moral e ética".
"Quero dizer nos olhos aos portugueses que não me move nenhum espírito de sobrevivência individual ou partidária. Pelo contrário, move-me um espírito de missão que será a minha última na política ativa", assegurou.