"Maior vinculação dos últimos 18 anos." Mais de 7900 professores deixam precariedade
O ministro da Educação explicou o que muda com o processo de vinculação de professores, depois de um ano letivo marcado por muitas greves.
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O ministro da Educação, João Costa, anunciou que foram publicadas, esta terça-feira, as listas definitivas dos professores que vinculam em 2023, saindo da precariedade. Ao todo, deixam de estar em situação precária este ano 7983 professores e vão haver aumentos, que variam entre 358 e 478 euros.
"Só este ano deixarão de estar em contratos precários 7983 professores, vinculam pela norma-travão cerca de 2400 professores e através da vinculação dinâmica cerca de 5600 professores. A vinculação permite também o seu reposicionamento em termos salariais. Os quase oito mil professores que agora vinculam terão aumentos salariais em função do seu tempo de serviço que podem ascender a cerca de 358 euros brutos por mês. Quando cumprirem o requisito de aulas observadas poderão ter o aumento mensal de 478 euros", explicou João Costa em conferência de imprensa.
Para o responsável pela pasta da Educação, o Governo cumpre assim uma "etapa importante" do processo de valorização da carreira dos professores com a "maior vinculação dos últimos 18 anos".
"Os anos com maior número de vinculações foram 2005, 2006, 2017 e 2018, sendo que em 2017 e 2018 houve processos de vinculação extraordinária aprovados na Assembleia da República. Em cada um destes anos vinculam menos de metade do número de professores que vinculará em 2023", afirmou o ministro da Educação.
A partir de 1 de setembro, até os professores que optaram por não concorrer ao processo de vinculação dinâmica vão ter aumentos.
"Alguns destes saldos que referi há pouco vão ser aplicáveis a professores que mantêm a condição precária, mas vão ter um aumento salarial significativo com a introdução dos novos escalões", acrescentou.