Maioria contra restrições na venda, mas a favor de alargar proibição de fumar
Sondagem Aximage para TSF, DN e JN revela uma maioria favorável ao alargamento das proibições de fumar em espaços ao ar livre, mas também indica pouca crença no facto de as restrições na venda poderem diminuir o consumo. O caminho é o da prevenção e não o da repressão, dizem claramente os inquiridos.
Corpo do artigo
Prevenção. Se há coisa em que a esmagadora maioria dos inquiridos concorda é que o melhor caminho para atingir uma geração livre de tabaco é o da prevenção face ao da repressão: 81% contra 12% e de forma transversal no país e nos grupos etários. Mas e fazem sentido as proibições de fumar em determinados espaços ao ar livre? Sim, notam 57% dos questionados pela sondagem Aximage para a TSF, DN e JN.
Com o debate criado pela intenção de o governo apertar as regras do fumo em locais públicos, a avaliação feita pelos inquiridos é a de concordar com as restrições "dentro do perímetro de locais de acesso público em geral ou de uso coletivo, tais como estabelecimentos de saúde e de ensino, recintos desportivos, estações, paragens e apeadeiros dos transportes públicos". São 27% a discordar desta medida, quase metade destes a discordar totalmente.
Um terço dos inquiridos olha para as restrições previstas como forma de diminuir o consumo, mas seguem 19% que consideram um atentado às liberdades individuais e 17% que veem aqui um incentivo à venda em circuitos informais.
TSF\audio\2023\06\noticias\05\filipe_santa_barbara_sondagem_tabaco
E precisamente sobre a venda, 60% dos inquiridos não acredita que a restrição dos locais onde se pode comprar tabaco possa contribuir para uma diminuição do consumo. Aliás, 73% concorda com a opinião de que esta restrição pode incentivar o comércio ilícito de tabaco.
No entanto, importa realçar que durante o trabalho de campo desta sondagem foi anunciado o levantamento das restrições de venda de tabaco nas bombas de gasolina, o local eleito pela maioria dos inquiridos que declaram ser fumadores.
Com uma larga maioria a revelar que não fuma, as opiniões divergem sobre a melhor estratégia de prevenção para reduzir o número de fumadores. 26% a considerar que campanhas informativas destinadas aos jovens são a melhor opção, outros 25% a apontar a divulgação sobre as doenças e os riscos associados ao tabaco como o caminho a seguir. Apoio médico célere e facilidade no acesso a consultas para deixar de fumar conquistam juntos 42% das respostas dos inquiridos.
Um outro dado revelado por esta sondagem é o dos postos de trabalho: mais de metade dos inquiridos (52%) consideram que as alterações à legislação do tabaco podem provocar um impacto negativo no emprego que a atividade gera direta e indiretamente levando a um aumento da taxa de desemprego.
FICHA TÉCNICA
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, DN e JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas da atualidade nacional política, económica e social.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 25 e 30 de maio de 2023. Foram recolhidas 808 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo, grupo etário e escolaridade.
À amostra de 808 entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,4%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.