Face ao aumento do custo de vida, 63% dos portugueses defendem IVA Zero para todos para evitar a subida de preços logo no início do próximo ano e mais de metade considera positivo o alívio no IRS, revela sondagem da Aximage para a TSF/DN/JN sobre o que os portugueses pensam do Orçamento do Estado para 2024 e que destino dariam ao excedente orçamental.
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O alívio no IRS merece nota positiva de 51% dos inquiridos, não aquece nem arrefece outros 30% e apenas 15% considera a medida negativa. A devolução dos impostos à população destaca-se entre as respostas à questão sobre qual o melhor destino a dar aos 2 mil 200 milhões de excedente orçamental. A maioria, 52% dos inquiridos, preferia a devolução aos portugueses do excedente orçamental através da redução de impostos - e quem mais defende esta hipótese votou nos pequenos partidos à direita e à esquerda nas últimas eleições. Já 21% usaria o dinheiro para reduzir a dívida pública, opção que cativa mais o eleitorado do CDS e Iniciativa Liberal. São 12% os que optariam por poupar para um fundo de investimento como propõe o ministro das Finanças, ideia que agrada mais a votantes do Bloco de Esquerda e Livre, e apenas 11% usaria a verba para reforçar os subsídios sociais, hipótese mais defendida pelo eleitorado da CDU.
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Mas é sobre a substituição do IVA Zero por ajuda aos mais carenciados que quase 2/3 se manifesta e mais nas áreas metropolitanas, mas também no sul e ilhas, 63% considera que a medida deveria ser prolongada para todos e 29% concorda que a medida seja canalizada para apoios sociais aos mais carenciados. Aqui, os mais ativos na resposta, pertencem a grupos etários entre os 35 e os 64 anos, com pouca distinção entre classes média baixa e alta.
O cartão vermelho é levantado quando se fala em rendimento. 61% considera insuficientes os aumentos das Pensões e 52% também considera que não chegam os aumentos previstos para a Função Pública.
Já sobre as prioridades do Orçamento do Estado de 2024, 36% estão alinhados com o Executivo, entre os que concordam totalmente e os que simplesmente concordam, face aos 31% distribuídos entre os que discordam e os que reprovam de todo o caminho do governo e se entre os que aplaudem as prioridades do governo, há mais jovens do PS, entre os que reprovam, também sobressaem jovens apoiantes de partidos como o Livre, PAN, Chega e CDS.
Ficha Técnica:
A Sondagem de opinião realizada pela Aximage para TSF/DN/JN abrangeu um Universo de Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região.
A amostra teve 805 entrevistas efetivas: 680 entrevistas online e 125 entrevistas telefónicas; 382 homens e 423 mulheres; 185 entre os 18 e os 34 anos, 212 entre os 35 e os 49 anos, 195 entre os 50 e os 64 anos e 213 para os 65 e mais anos; Representam 279 pessoas no norte, 161 no Centro, 118 no Sul e Ilhas e 247 na Área Metropolitana de Lisboa.
A técnica aplicação online de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para pessoas com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas (CATI) do mesmo questionário ao subuniverso utilizado pela Aximage, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros.
O trabalho de campo decorreu entre 18 e 24 de outubro de 2023. A Taxa de resposta foi de 68,68%. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3,5%. A Responsabilidade do estudo é da Aximage, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.