Em dia de greve geral, o secretário-geral da UGT lamentou que os mais de um milhão de desempregados em Portugal não se possam juntar a esta paralisação.
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O líder da UGT considerou que o número de trabalhadores portugueses aderiu à greve geral desta quinta-feira «ultrapassa claramente os 50 por cento».
Carlos Silva lamentou ainda que os mais de um milhão de desempregados não tenha conseguido aderir a esta greve, «não vendo um dia de salário descontado, porque salário é coisa que não têm e infelizmente não conseguem almejar».
«A opinião da UGT é reclamar ao Governo, a todas as autoridades competentes e também ao Presidente da República uma intervenção para que a concertação social seja efetivamente um fórum de procura de soluções» para que o «diálogo se mantenha».
O secretário-geral da UGT indicou ainda que não é intenção desta central sindical cortar as «pontes de diálogo com quem quer que seja, muito menos com o Governo».
«Nunca foi essa a política da UGT e não vai ser a política da UGT. A UGT é uma central que sempre privilegiou a negociação, como é sabido pelos portugueses», adiantou.
Carlos Silva relembrou ainda que a UGT tem sido, por vezes, «castigada pela opinião pública e por muitos setores da sociedade portuguesa em dar demasiada importância à negociação e menos à luta».
«Mas, a verdade é que desde o nosso último congresso se tem verificado a mescla daquilo que é a luta e a capacidade de negociar», concluiu o líder da UGT, que diz que isso se verificou, por exemplo, com o caso da greve dos professores aos exames.