Mais de meio milhão de pessoas não respondeu à mensagem para agendar a vacina contra a Covid-19

Os utentes mais velhos que ainda não foram vacinados são aconselhados a pedir ajuda
Rui Manuel Fonseca/Global Imagens
Já foram enviadas perto de dois milhões de SMS para agendamento da vacinação, e 27% ficaram sem resposta. Só na última semana, um terço das pessoas com marcação não apareceu nos oito centros de vacinação de Lisboa.
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Mais de 500 mil pessoas não responderam à mensagem escrita para agendar a vacina contra a Covid-19, de um universo de dois milhões de pessoas que já a receberam. Os números são revelados pelo jornal Público, que aponta problemas e percalços provocados por agendas mistas, com ritmos diferentes.
Em Lisboa, só na semana passada, mais de 13 mil pessoas faltaram à chamada. Estavam previstas pouco mais de 37 mil pessoas, para serem vacinadas nos oito centros da cidade de Lisboa. Um terço, mais de 13 mil pessoas, não apareceu.
Em Loures, já houve fins de semana em que faltaram metade dos utentes convocados.
Cascais regista o mesmo problema, sobretudo ao fim de semana, com pessoas que agendam e depois reclamam que o dia marcado não é conveniente. Há também problemas com a plataforma que não confirma o agendamento, mas dá o utente como confirmado.
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O jornal Público adianta que, desde o início da vacinação, 27%, o que corresponde a mais de 500 mil pessoas, não respondeu à mensagem de telemóvel. Este número tem vindo a cair, à medida que são convocadas pessoas mais jovens.
Ainda assim, a task force para a vacinação admite ao Público que é natural que haja uma percentagem residual de utentes que confirmam o agendamento mas não aparecem, por vários motivos imprevistos.
A task force explica que também pode haver alguma dificuldade em administrar todas as vacinas disponíveis, quando uma faixa etária se aproxima do fim. É o que está a acontecer com os utentes com mais de 60 anos, daí que, em alguns pontos do país, já haja pessoas acima dos 50 anos a serem vacinadas.
O Público acrescenta que as agendas dos centros de saúde e a agenda central dos Serviços partilhados do Ministério da Saúde têm ritmos diferentes, o que provoca alguns percalços.
Os utentes mais velhos que ainda não foram vacinados são aconselhados a pedir ajuda nos postos da GNR, da PSP ou aos bombeiros.
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