"Mais do mesmo." Montenegro dá "zero" propostas para o futuro e "nenhuma" confiança aos portugueses
O eurodeputado do PS, Pedro Marques, critica as declarações de Luís Montenegro e acusa o PSD de "seguidismo às atitudes da extrema-direita".
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O eurodeputado do PS, Pedro Marques, disse esta quinta-feira que as acusações proferidas por Luís Montenegro são "mais do mesmo" e que a "ambiguidade" do Partido Social Democrata (PSD) em relação ao Chega continua.
"Luís Montenegro optou outra vez por não dizer uma única coisa do ponto de vista do que o PSD propõe para o futuro do país. Falou do empobrecimento quando o país foi um dos que mais cresceu em 2022", afirmou Pedro Marques, em declarações à TSF, enumerando as medidas de apoio às famílias adotadas pelo governo do PS, como o IVA Zero.
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Pedro Marques critica ainda a atitude de "silêncio" do líder do PSD durante a visita do Presidente do Brasil, Lula da Silva, a Portugal.
O social-democrata faltou ao jantar oficial oferecido pelo Presidente da República ao chefe de Estado brasileiro, o que, para o eurodeputado Pedro Marques, constitui um "seguidismo das atitudes de extrema-direita".
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Ainda sobre a relação do PSD e com o Chega, o eurodeputado do PS não escondeu a preocupação e referiu que Montenegro "optou por não fazer cair" o acordo com a extrema-direita para governar nos Açores.
"E os Açores fazem parte de Portugal e, portanto, temos umas declarações nuns dias a rasgar as vestes contra os populismos, mas as atitudes práticas na governação nos Açores, as atitudes na Assembleia da República do próprio líder do PSD, revelam, de facto, essa ambiguidade e até muito seguidismo às atitudes da extrema-direita", disse Pedro Marques.
Questionado sobre o acordo da geringonça criada pelo PS, Pedro Marques sublinhou que a diferença é que os radicais de esquerda "não são xenófobos, não são racistas e não são partidos que ataquem frontalmente a democracia" e, por isso, isto é só mais um "exemplo" de como Luís Montenegro procura normalizar o Chega, não oferecendo "nenhuma confiança aos portugueses relativamente ao futuro", afirmou.
"O único caminho, efetivamente, é continuar a governar como estamos a fazer do lado do Partido Socialista. Procurar forçar as pessoas a sair desta situação difícil provocada pela crise de inflação e dos preços da energia, pela situação da guerra", considerou o eurodeputado.
O presidente do PSD acusou esta quarta-feira o Governo de "estar a apodrecer", enquanto empobrece o país, e apontou a ambição de o partido ser maioritário nas próximas eleições legislativas.