A historiadora Irene Pimentel classifica como inovadora e mesmo teatral a manifestação da CGTP de autocarro na ponte 25 de abril e sublinha que este vai ser um protesto que paga portagem.
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A marcha vai acontecer na ponte 25 de abril, mas com os manifestantes dentro dos autocarros tudo vai começar e acabar em Alcântara, como explicou Arménio Carlos depois do ministro da Administração Interna ter proibido a marcha a pé.
É a primeira manifestação sindical na ponte 25 de abril e vai acontecer de uma maneira original com o protesto sobre rodas e a pagar portagem.
A historiadora Irene Pimentel, em declarações à TSF, não evita o sorriso com esta ideia de uma manifestação a pagar portagem, sublinhando que estamos perante uma inovação desde os tempos mais remotos das manifestações.
Um corte com o modelo histórico dos protestos, diz Irene Pimentel, que considera que existe uma carga simbólica nesta manifestação que vai acontecer de autocarro.
«Foi através de um buzinão na ponte que começou o início do fim cavaquismo», lembra.
Nessa altura o buzinão na ponte acabou com carga policial. Agora, o cenário é outro: a CGTP é conhecida por promover manifestações rigorosamente organizadas e pacíficas.