O ministro dos Negócios Estrangeiros disse, no Parlamento, que o mundo está a mudar e que, por isso, o mapa diplomático tem de acompanhar essa mudança.
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No parlamento, Paulo Portas anunciou o fecho de algumas embaixadas com a intenção de abrir outras representações diplomáticas em regiões que agora interessam mais a Portugal.
«Se nós desactivamos certas embaixadas, neste momento, é porque necessitamos de o fazer e isso permite-nos abrir outros postos diplomáticos em regiões que, entretanto, se tornaram determinantes do ponto de vista das prioridades de Portugal», afirmou.
«Se ficássemos sempre com o mesmo mapa diplomático, não percebíamos o mundo que está a mudar», acrescentou.
Neste contexto, Portas revelou que Portugal vai encerrar sete embaixadas, quatro vice-consulados e um escritório consular, estando prevista a abertura «muito proximamente» de uma representação diplomática no Qatar.
O governante explicou aos deputados a reforma da rede consular, com a qual o Governo pretende poupar no próximo ano 12,7 milhões de euros.
Perante as questões levantadas pela oposição, Portas apresentou contas ao custo anual de um funcionário deslocado para o estrangeiro.
«Sabe qual é a média de vencimentos de um funcionário deslocado para fora Lisboa, por ano, em média? 60 mil euros. Portanto, temos que ter atenção à racionalidade da despesa», considerou.
Apesar da reforma em curso, o governante garantiu que nenhum português vai ficar sem apoio no estrangeiro.