Presidente da República admite que preços continuem a aumentar enquanto a guerra durar.
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As estimativas apontam para um novo aumento dos combustíveis na próxima semana e Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que, enquanto a guerra durar, não há sinais de que estes aumentos deixem de acontecer.
"Todos sabemos que há uma guerra e não há sinal de que termine de um momento para o outro. O prolongamento da guerra significa energia mais cara, nomeadamente combustíveis e outros bens mais caros", explicou Marcelo aos jornalistas em Braga.
O chefe de Estado chega mesmo a reconhecer que as famílias podem vira ter de "fazer mais contas" perante os aumentos.
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"Os números da OCDE apontam para 6,2% da inflação num ano, mas pode ser mais se entretanto disparar ou estabilizar nesse número. Os portugueses já perceberam e estão a jogar à defesa na sua atitude para o presente e para os próximos meses. Vamos ver o que se passa no segundo semestre e se os sinais são mais ou menos positivos. As famílias podem ter de fazer mais contas", acrescentou o Presidente da República.
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) divulgou, esta quinta-feira, que o consumo de combustíveis em Portugal recuou 28,6% em abril face a março, com diminuições em todos os derivados de petróleo, exceto no combustível para aviação (jet), que aumentou 27,7%.
Já o PVP da gasolina aumentou 2,3% face ao mês anterior, uma subida motivada pelas componentes de incorporação de biocombustíveis e de cotação e frete.
Segundo o regulador, os hipermercados "mantêm as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento low cost".
Castelo Branco, Braga e Aveiro registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos, enquanto Bragança, Beja e Faro apresentaram os preços mais altos.