Marcelo diz que Governo tem "almofada orçamental" para responder a desaceleração da economia
Situações noutros países europeus, como na Alemanha, são exemplo e o Governo está "atento aos sinais" e preparado para agir, afirma o Presidente da República.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este sábado que o Governo está atento aos sinais e tem "uma almofada orçamental" para responder a uma eventual desaceleração da economia.
"[O Governo] aproveitou o ano muito bom, o ano passado, para criar a tal folga (...), quer dizer que há aqui uma almofada, se for necessário, que pode ser utilizada em 2024, no caso do crescimento não se verificar ao ritmo que previa", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, na Feira dos Vinhos do Douro em São João da Pesqueira.
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O chefe de Estado referiu que "tem visto que o Governo está atento aos sinais", nomeadamente ao que acontece noutros países, como na Alemanha. Marcelo reconheceu ainda que há vários fatores, como a inflação e o crescimento do investimento, que tornam tudo "uma incógnita".
Sobre a carta enviada por António Costa à Comissão Europeia, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que o primeiro-ministro terá dirigido a carta "porque tem a sensação de que a Comissão está disponível para estudar o problema" e, por isso, "pode ser uma boa notícia para Portugal", considerou.
"Todos nós queremos que o ano letivo comece bem"
Questionado sobre os problemas na educação, o Presidente da República sublinhou a necessidade de criar um "espírito positivo" na Educação, argumentando que os problemas não devem ser encarados como "birras".
"Todos nós queremos que o ano letivo comece bem (...). Ninguém gosta de viver anos atribulados consecutivamente. Agora, há problemas entretanto que existem", disse, voltando a apelar ao diálogo.
"A última coisa que se deve perder é a esperança", concluiu, encerrando o tema com uma questão no ar: "Se a educação não houver imaginação para criar novos caminhos onde existirá?"
Marcelo Rebelo de Sousa termina funções em março de 2026, mas assumiu não estar preocupado com a questão, afirmando que enquanto exercer o cargo de Presidente da República "irá fazer tudo o que puder".
"A mim preocupa-me mais a eleição europeia", concluiu.
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