O desvio de António Costa para assistir à final da Liga Europa foi do conhecimento do Presidente da República.
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O desvio do primeiro-ministro, António Costa, para assistir à final da Liga Europa em Budapeste foi do conhecimento do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que justifica o percurso com a vontade de Costa em ir dar um abraço a José Mourinho, treinador da Roma, uma das equipas finalistas do jogo de futebol.
"O primeiro-ministro ia para uma reunião internacional e entendeu que devia dar um abraço a José Mourinho. Ele disse-me, aliás: 'olhe, é um português que está envolvido. Vou dar-lhe um abraço, pode ser que dê sorte.' E quase que ia dando sorte. Depois vi mais tarde e foi mesmo no fim que não houve essa sorte. Foi isso, o primeiro-ministro falou-me nisso e foi essa a razão da escala. Trata-se do primeiro-ministro da Hungria com o qual ele se encontra em todos os conselhos europeus. O primeiro-ministro da Hungria tem, em muitos aspetos, posições próprias diferentes das posições do Governo português e do Estado português, como as migrações, por exemplo, e aspetos económicos e sociais. Depois noutros há uma convergência, mas é parceiro da União Europeia", explicou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações à RTP.
Esta escala que o primeiro-ministro fez em Budapeste para assistir à final da Liga Europa, sentado ao lado de Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro de extrema-direita, voltou a pôr Costa e Marcelo no topo da atualidade nacional. A paragem não estava prevista na agenda e foi feita num avião do Estado antes da deslocação oficial de António Costa à Moldova para a cimeira da comunidade política europeia.