Marcelo "preocupado" com cuidadores informais. Tem de se ver se há "algum problema na aplicação da lei"
Marcelo Rebelo de Sousa revelou preocupação devido ao número "muito pequeno" de pessoas que conseguiram o estatuto de cuidadores informais, sublinhando que quer perceber o que se passa com a lei.
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O Presidente da República reclama correções à lei sobre o estatuto do cuidador informal. Marcelo Rebelo de Sousa diz ficar "preocupado" quando uma lei acaba por deixar de fora grande parte daqueles a quem se destina.
"Acho que há muitíssimos mais cuidadores informais do que aqueles que ficam registados. Não sei se são dezenas de milhares ou centenas de milhares, mas é só olhar para as famílias que têm cuidadores informais." Os números divulgados esta terça-feira pelo Jornal de Notícias apontam para uma grande quantidade de pedidos rejeitados nas candidaturas a esse estatuto: dos 7500 requerimentos, foram reconhecidos apenas 2719.
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou preocupação devido ao número "muito pequeno" de pessoas que conseguiram o estatuto de cuidadores informais, sublinhando que quer perceber o que se passa com a lei. "Fico preocupado quando se chega à conclusão e se faz uma lei e, no fim da lei, aparecem dois mil ou três mil cuidadores informais que preenchem os requisitos. A lei em si mesma era promissora. Tem de se ver se algum problema na aplicação da lei que faz com que a lei crie grandes expectativas, legítimas, e, de repente, o número de cuidadores informais é muito pequeno."
O chefe de Estado considera que a lei tem de ser revisitada, de forma a compreender se os pressupostos em que assenta deixarão muita gente de fora. "Se a questão é por não haver dinheiro, porque custa dinheiro, porque demora tempo, porque é difícil resolver problemas laborais ou de Segurança Social, assuma-se isso", expõe o Presidente da República.
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