O dirigente da FENPROF desconfia da intenção anunciada pelo Ministério da Educação de fazer regressar às escolas, já em Setembro, os professores destacados há mais de quatro anos.
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Através de comunicado, o Executivo informou que os professores destacados há mais de quatro anos devem regressar já em Setembro às respectivas escolas. Só nas Direcções Regionais de Educação haverá uma redução de 320 docentes.
Em declarações esta manhã à TSF, Mário Nogueira da Federação Nacional de Professores (FENPROF) mostrou-se cauteloso em relação a esta intenção, considerando que o objectivo do Governo é reduzir despesa e despedir professores que estavam a substituir docentes destacados.
Mário Nogueira reclama, por isso, mais esclarecimentos do Ministério da Educação que invoca, no comunicado, o Estatuto da Carreira Docente para lembrar que decorridos mais de quatro anos os professores devem voltar às respectivas escolas.
O documento do ministério de Nuno Crato refere ainda que os docentes não vão ser substituídos, esclarecendo que só serão consideradas situações de excepção os casos em que os professores estejam destacados a dar aulas no ensino especial ou no apoio a hospitais pediátricos.
Certo é que os actuais 400 professores em actividades nestas instituições vão passar a 80, 320 voltam a dar aulas.
O ministério garante, porém, que as direcções regionais vão contar com todos os recursos necessários para acompanhar as escolas e para preparar e iniciar o próximo ano lectivo.