As classificações médias dos exames dos 6.º e 9.º anos, em Português e Matemática, desceram entre os 5 e 10 pontos percentuais, em relação a 2012.
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Contactada pela TSF esta manhã, a Associação de Professores de Português não se mostra surpreendida com os resultados.
A presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Ferreira, sublinha que os maus resultados eram expectáveis, já que a associação já tinha dado um parecer negativo à prova.
Edviges Ferreira diz ainda estar preocupada com o facto de as metas curriculares poderem vir a fazer com que os resultados do próximo ano que «sejam um bocadinho piores». A associação considera também que as notas do exame escrito não refletem o desempenho dos alunos na sala de aula.
Também Lurdes Figueiral, da Associação de Professores de Matemática, não ficou surpreendida com os resultados, até porque a prova final do 9º ano já demonstrava algumas «características desaquadas para a faixa etária».
Lurdes Figueiral entende que o Ministério devia refletir sobre os exames que, diz a presidente, nem sequer são uma boa prova de conhecimento.
As classificações médias dos exames dos 6.º e 9.º anos, em Português e Matemática, desceram entre os 5 e 10 pontos percentuais, em relação a 2012. Apenas o Português do 6.º ano passou ao lado de uma média negativa.
Ainda assim, ficou-se pelos 51% de média a nível nacional, uma queda de 8 pontos percentuais em relação aos resultados do ano passado.
Já a média do exame de Português do 9.º ano desceu 6 pontos percentuais, dos 53 para os 47%.
A pior média de sempre desde o início dos exames da disciplina que, desde 2005, só tinha sido negativa em 2006. Ainda assim, uma média mais alta do que a registada este ano.
Mas a maior queda ocorreu mesmo nos números e não nas letras. Nas provas de matemática do 9º ano, depois da subida de 10 pontos percentuais no ano passado, este ano a média ficou-se pleos 43%, voltando a igualar o registo negativo de há dois anos.
No exame final de matemática do 2.º ciclo, a descida dos resultados também foi evidente e a média do 6.º ano também não chegou para ser positiva.
Depois dos resultados mais animadores de 2012, este ano, a média desceu 5 pontos percentuais, para os 49 por cento.