O bastonário da Ordem dos Médicos ficou espantado com a novidade. O secretário de Estado da Saúde revela hoje ao DN que os médicos de família vão passar a ser obrigados a ir para onde fazem mais falta.
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Em entrevista ao Diário de Notícias, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde diz que os médicos de família que queiram trabalhar no Serviço Nacional de Saúde vão ter de aceitar vagas onde são necessários e prioritários, como a periferia de Lisboa e algumas regiões do interior.
Fernando Leal da Costa revela que «vai ser desenhado um mapa de vagas em função das zonas onde faltam médicos» e o objetivo é «ocuparem primeiro as vagas em zonas onde temos maiores dificuldades».
Contactado pela TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos diz estar espantado com a notícia. José Manuel silva diz que não percebe o alcançe da mudança e interroga-se se em algum momento foram contratados médicos para locais onde não faziam falta.
O bastonário lembra ainda que todos os anos cerca de 400 jovens concluem a especialidade de medicina geral e familiar e que, por isso, em breve não haverá falta de clínicos.
Segundo o DN, nesta altura mais de um milhão de portugueses não têm médico de família.