Diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção-Geral da Saúde entende que a medida não é a mais importante para evitar o contágio.
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A diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção-Geral da Saúde, Cristina Bárbara, considera que medir a temperatura aos trabalhadores é relevante, mas não é o método mais eficaz para evitar o contágio da Covid-19. A especialista entende que a medida não é a mais importante para evitar o contágio, ainda assim serve para despistar os casos em que a febre é o único sintoma.
"Um dos sintomas da Covid-19 é a febre e se é verdade que algumas pessoas conseguem sentir logo que estão com febre, também é verdade que há outras que têm valores de temperatura corporal elevados e, ainda assim, sentem-se bem. De alguma forma, o rastreio da temperatura corporal serviria para detetar aquelas pessoas que, tendo temperatura corporal elevada, não sentem nada", explicou à TSF Cristina Bárbara.
A médica identifica outras medidas que as empresas devem aplicar além de medir a temperatura aos trabalhadores.
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"Devem proteger grupos de risco - esses trabalhadores não devem ser os primeiros a retornar -, se possível fazer um retorno faseado, implementar medidas de distanciamento social, ou seja, espaço físico entre trabalhadores, separar horários, evitar reuniões, evitar viagens de trabalho e limpar muito os espaços físicos porque o vírus continua a transmitir-se da mesma forma", acrescentou a diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da DGS.
Este sábado, o Ministério do Trabalho, depois de ter recebido várias questões sobre o tema, afirmou em comunicado que os patrões podem medir a temperatura aos trabalhadores, para prevenir a Covid-19. No entanto, o Governo promete clarificar a lei.
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