Os militares aprovaram, esta tarde, uma concentração para o mês de Novembro, em Lisboa, para mostrar o descontentamento perantes as medidas de austeridade.
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A esmagadora maioria dos mais de mil elementos que marcaram presença, este sábado, no encontro nacional, aprovou a realização de uma concentração no Rossio, em Lisboa, no dia 12 de Novembro, em protesto pelas «duríssimas medidas» que estão a ser impostas ao país e às Forças Armadas.
A concentração será seguida de um desfile que terminará no Terreiro do Paço, em frente ao Ministério das Finanças.
Falando em nome das Associação socio-profissionais de Militares, o sargento Lima Coelho diz que «é tempo daqueles que falam e usam as Forças Armadas, e bem, no fim das missões internacionais e quando a sua imagem é melhor do mundo, perceberem que as Forças Armadas não servem só e para isso».
«As Forças Armadas existem no seu dever de missão de soberania nacional, de serviço ao porvo português, e não podem passar pelo que estão a passar», acrescentou.
Os militares dizem-se solidários e prontos para fazer parte do esforço nacional que será necessário, mas sublinham que há um desequilíbrio na balança do exigir e receber.
«Entendemos as dificuldades que o país atravessa, aliás há mais de 25/30 anos que os militares têm vindo a ter reduções, congelamentos, etc. Portanto vir dizer que 'agora é que é', é profundamente injusto e não corresponde à nossa realidade de décadas», frisou o sargento Lima Coelho.
«Mas há uma questão que não se pode misturar. Existir a permanente disponibilidade para o serviço, a subordinação a um regime disciplinar completamente diferente, exigir a vida se necessário, mas depois tratar como igual. Há aqui qualquer coisa que está desiquilibrada», contestou.
Os militares consideram que há uma campanha que pretende denegrir a imagem das Forças Armadasque estão a ser descaracterizdas.