Ministério da Saúde "acompanha" evolução da Covid-19, mas não prevê medidas adicionais
Itália decidiu esta quarta-feira que os passageiros de voos provenientes da China vão ter de fazer testes obrigatórios à Covid-19.
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Apesar do aumento do número de casos de Covid-19 da China, Portugal vai manter as medidas de controlo da pandemia que estão atualmente em vigor, continuando a acompanhar a situação.
Esta tarde, a TSF questionou o ministério da Saúde sobre a possibilidade de adoção de novas medidas de combate depois de Itália ter tornado obrigatória a realização de testes a passageiros de voos oriundos da China. Numa resposta escrita, a tutela assegura que as autoridades portuguesas estão a "acompanhar a situação epidemiológica em articulação com os parceiros europeus e organismos internacionais, nomeadamente no âmbito da atividade do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças".
Para já, Portugal não prevê "alterações nos procedimentos" ou a adoção de "medidas adicionais", mantendo-se em curso "a vigilância genómica do SARS-CoV-2 através do Laboratório Nacional de Referência".
O fim abrupto da política chinesa de "zero Covid" está a suscitar preocupações em vários países, incluindo os Estados Unidos, que estão a considerar restrições de entrada aos viajantes chineses, uma vez que a China enfrenta atualmente a maior vaga de infeções do mundo, amplificada pelo aparecimento de novas variantes.
As autoridades chinesas puseram termo à maioria das medidas contra a Covid-19 sem aviso prévio em 7 de dezembro, no meio de crescente exasperação pública e de enorme impacto na economia após três anos de restrições.
A falta de transparência em relação ao número de contágios, que as autoridades deixaram de publicar diariamente e dizem ser difícil de contabilizar já que os testes deixaram de ser obrigatórios, causa também apreensão.
Perante o aumento das infeções, o governo italiano tornou obrigatório o teste à Covid-19 para os viajantes oriundos da China.