Ministério da Saúde "inteiramente disponível" para colaborar no caso das gémeas luso-brasileiras
Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Saúde garante que vai enviar toda a documentação sobre caso, se as autoridades o pedirem.
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O Ministério da Saúde garantiu, esta terça-feira, que, se as autoridades o pedirem, está "inteiramente disponível" para enviar toda a documentação sobre o caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um tratamento de quatro milhões de euros no Hospital de Santa Maria.
"O Ministério da Saúde está inteiramente disponível para colaborar com as autoridades e fornecer toda a documentação relevante. Aguardaremos os pedidos das autoridades e, como sempre acontece, enviaremos o que nos for solicitado", pode ler-se numa resposta escrita enviada à TSF.
Mais tarde, em declarações à TSF, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, disse que "a situação está a ser investigada pelas entidades competentes e o Ministério da Saúde está obviamente disponível, como sempre esteve, para prestar toda a informação solicitada".
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, na segunda-feira, que enviou para a Procuradoria-Geral da República todas as comunicações internas sobre este caso. Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que a intervenção de Belém neste caso terminou quando toda a documentação foi enviada para o gabinete do primeiro-ministro.
Este caso foi revelado por reportagens da TVI, transmitidas desde 3 de novembro, que relatam que duas gémeas de origem brasileira, que entretanto adquiriram nacionalidade portuguesa, vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, o que representou um custo total de quatro milhões de euros.
As reportagens sugerem que pode ter havido a intervenção do Presidente da República para acelerar o processo. A primeira consulta das gémeas no Hospital de Santa Maria terá sido marcada a pedido do Ministério da Saúde, em concreto de António Lacerda Sales, na altura secretário de Estado da Saúde.
A ministra da Saúde na altura, Marta Temido, garantiu na semana passada, em entrevista ao Público e à Renascença, que, depois de todos os documentos terem sido reencaminhados para o Governo, foi seguido o procedimento habitual nestes casos.
O caso está também a ser analisado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e é objeto de uma auditoria interna no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.
Notícia atualizada às 13h58