O ministro da Saúde adiantou que o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, acontecerá «de certeza» nesta legislatura.
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Paulo Macedo falava aos jornalistas após a cerimónia comemorativa do Dia Mundial da Saúde, garantindo: «Não temos nenhuma ânsia de fecho».
Sobre a reorganização hospitalar que está para breve, o ministro limitou-se a explicar que este tipo de reformas «é algo que demora duas legislaturas a fazer».
«Vamos pô-la [a reforma hospitalar] em prática, mas só depois de ter suporte técnico e de saber como avançamos», adiantou.
Para já, o ministro disse apenas que «a reforma hospitalar não é sinónimo de fechos», embora tenha revelado que esta «terá seguramente encerramentos por via de concentrações e da melhoria de qualidade que isso representa».
Questionado sobre o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, Paulo Macedo sublinhou que a sua equipa não tem «qualquer intenção de desmembrar as equipas».
«Temos claramente uma intenção de, ao mesmo tempo que preservamos o 'know-how' dessas equipas, potenciar as capacidades de outros centros hospitalares, como o Hospital São Francisco Xavier, que está a funcionar a menos de 50 por cento, e onde foram investidas dezenas de milhões de euros em capacidade que não está a ser utilizada», disse.
Paulo Macedo revelou que «a mesma coisa se passa no Hospital de Santa Maria que, com a transferência de partos [para o Hospital de Loures] perderá um conjunto de partos e não faz sentido um hospital com todas as suas funcionalidades não ter uma maternidade e um número de partos significativos».
Para Paulo Macedo, as preocupações do Executivo não passam pela «questão do edifício», mas sim pela preservação dos centros de excelência da MAC, como de outras unidades em Lisboa e em outras partes do país.
O ministro escusou-se a adiantar «uma data mágica» para os encerramentos, afirmando apenas que esta será, «de certeza» nesta legislatura.