O ministro da Educação garantiu hoje, no parlamento, que o ano letivo vai ter uma "tranquila abertura" e que tudo está a "caminhar na forma normal", recusando que tenha definido um adiamento de uma semana no arranque das aulas.
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"Da parte do Ministério da Educação (MEC) está tudo preparado para que dia 15, início do período, tenhamos uma tranquila abertura do ano escolar. Não é verdade que tenhamos atrasado uma semana o início do ano escolar. Foi adiado dois dias úteis em relação ao ano passado", disse o ministro Nuno Crato aos deputados da comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, onde hoje foi ouvido por requerimento do Partido Comunista Português (PCP).
Nuno Crato defendeu ainda que a duração dos períodos letivos está mais equilibrada no calendário estipulado para o próximo ano letivo.
O ministro recusou desta forma acusações de atraso na abertura do ano, sublinhando que há apenas um adiamento de dois úteis em relação ao último ano letivo. "Não transformemos dois dias em uma semana", pediu, após a intervenção inicial da deputada comunista Rita Rato.
O ministro recusou ainda críticas da deputada socialista Odete João, que acusou o Governo de ter "desistido da educação de adultos", ao ter posto fim ao programa Novas Oportunidades. "Não desistimos dos adultos, desistimos de fingimentos", contrapôs o ministro, que declarou ainda que o declínio nos números relativos à procura deste tipo de formação pelos adultos demonstrava que "o programa tinha de ser reduzido".
"Queremos a qualificação real dos portugueses, somos contra um programa de distribuição de diplomas sem que seja acompanhada de formação", defendeu Nuno Crato, que disse ainda que a deputada socialista estava a dirigir as críticas "ao ministro errado".