Ainda não estão identificados quaisquer casos positivos do novo coronavírus no lar.
Corpo do artigo
O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Espinho não esconde a "frustração e desespero" por a instituição fazer parte do distrito de Aveiro, considerado prioritário pelo Governo, mas estar há 10 dias à espera para realizar o teste de despiste à Covid-19 aos utentes e funcionários do lar de terceira idade.
Pedro Nelson Sousa diz que, a cada diz que passa, o risco de infeção e de repetir cenários como o de Aveiro aumenta. "O SNS não tem meios para fazer os testes, Espinho está numa zona prioritária e não temos nada", denuncia.
TSF\audio\2020\04\noticias\07\pedro_n_sousa_2
"Estamos à espera que a falta das zaragatoas seja resolvida, a cada dia que passa é um martírio. Podemos estar a expor a população a uma situação de grande risco. É desesperante. É muito frustrante. Há mais de uma semana que disseram que iam fazer os testes nos lares de Aveiro e a nós não chegou nada", conta Pedro Nelson Sousa.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Espinho diz que ainda não estão identificados casos positivos entre os funcionários e os 140 utentes do lar, mas o rastreio tem que avançar com urgência.
TSF\audio\2020\04\noticias\07\pedro_n_sousa_1
"Tivemos dois funcionários com sintomas, mas fizeram o teste e deu negativo. Para já, tem estado tudo relativamente calmo, mas não podemos estar à espera que apareça um caso para depois virem todos a correr fazer testes. Não é solução", defende.
Na última semana, o Governo anunciou que a realização de 10 mil testes à Covid-19 em lares de idosos. Numa primeira fase, o programa abrange os distritos de Lisboa, Aveiro, Guarda, Évora e Faro. O lar da Santa Casa da Misericórdia de Espinho pertence ao distrito de Aveiro, mas não existe qualquer perspetiva para a realização dos testes na instituição.
12039690