Misericórdias gastam dois milhões de euros por mês em equipamentos de proteção
Donativos têm sido essenciais para os lares, já que a ajuda do Governo abrange apenas as creches.
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A União das Misericórdias está a gastar dois milhões de euros por mês em equipamentos de proteção para os 29 mil colaboradores por causa da Covid-19.
Os números são avançados à TSF por Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias. No caso dos lares, diz, os donativos têm sido essenciais, já que a ajuda do Governo chegou apenas para as creches.
Manuel Lemos sublinha que o setor social enfrenta uma fatura muito pesada que pode pôr em causa a sustentabilidade de algumas instituições e revela que ainda esta quarta-feira foram pedidos mais apoios ao Governo.
"Os equipamentos são muito caros, os preços dispararam de forma brutal", lamenta o responsável, agradecendo os donativos feitos por instituições particulares.
Desde há pouco mais de uma semana que os lares começaram a receber visitas respeitando um conjunto de regras e está a ser garantida toda a segurança, garante Manuel Lemos.
"Estávamos desejos de retomara as visitas (...) é importantíssimo para essa população ver com regularidade os seus entes queridos", lembra.
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A necessidade dos idosos saírem do lar para ir a uma consulta médica é uma outra preocupação dos lares, mas o presidente das Misericórdias está convencido que no caso de uma segunda vaga da Covid-19 os lares estão melhor preparados para enfrentar a doença.
Até agora, num universo de 35 mil utentes, pelo menos 128 idosos morreram depois de terem sido contagiados pelo novo coronavirus, uma taxa de letalidade de 0,4%.
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