Morte de Pinto Balsemão: Marcelo promulga luto nacional decretado para esta quarta-feira e quinta-feira
O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante número um do PSD, do qual também foi presidente, morreu na terça-feira, aos 88 anos
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O Presidente da República promulgou o luto nacional de dois dias, que se cumpre esta quarta-feira e quinta-feira, decretado pelo Governo pela morte do antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, lê-se que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, "assinou o decreto do Governo que determina luto nacional para os dias 22 e 23 de outubro, (hoje e amanhã), pelo falecimento do antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão".
O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante número um do PSD, do qual também foi presidente, morreu na terça-feira, aos 88 anos.
O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira um decreto de luto nacional de dois dias pela morte de Francisco Pinto Balsemão, a cumprir esta quarta-feira e quinta-feira.
Na terça-feira à noite, numa primeira reação à morte de Balsemão, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que o Governo PSD/CDS-PP pretendia decretar um dia de luto nacional para a data do funeral.
"Nós amanhã temos uma reunião do Conselho de Ministros e a nossa predisposição - já tive a ocasião de falar com alguns membros do Governo - será a decretar luto nacional no dia em que se vão realizar as cerimónias fúnebres do doutor Francisco Pinto Balsemão", afirmou então o primeiro-ministro e presidente do PSD, acrescentando não ter ainda informação de qual seria essa data.
Luís Montenegro falou à comunicação social a meio do Conselho Nacional do PSD, onde recebeu a notícia da morte de Balsemão.
Por sua vez, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota de pesar, recordou Francisco Pinto Balsemão como um "visionário, pioneiro", e "uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos" e afirmou que "Portugal nunca o esquecerá".
Francisco Pinto Balsemão presidia ao grupo de comunicação social Impresa, do qual fazem parte o Expresso, que fundou ainda durante a ditadura, em 1973, e a SIC, primeira televisão privada em Portugal, criada em 1992.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata Partido Social Democrata (PSD).
Após a morte de Francisco Sá Carneiro, assumiu a presidência do PSD, entre 1980 e 1983, e chefiou o VII e o VIII governos constitucionais, da AD, entre 1981 e 1983.
Era membro do Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República.